quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A natureza do interacionismo simbólico. Herbert Blumer

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - FAFICH
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
PROFESSORA: MÍRIAN CHRYSTUS
ALUNA: LUANA ASSIS
BLUMER, Herbert. A natureza do interacionismo simbólico. Symbolic Interactionism: Perspective and method, 1969.

Inicialmente o autor traz as bases do interacionismo simbólico, contidas em três premissas básicas, a primeira diz respeito ao fato de os seres humanos agem em relação ao mundo baseando-se nos significados que este lhes oferece. A segunda estabelece que os significados são provenientes da interação social que se mantem com o mundo.             E a terceira diz que esses significados são manipulados por um processo interpretativo.
Com isso Blumer deixa claro sua discordância com os modos de pensar das ciências sociais e da psicologia no que se refere a análise do comportamento humano em relação ao mundo que o rodeia. Para ele os cientistas políticos e psicólogos reduzem a função do homem a uma simples reação a fatores causativos, não levando em consideração a capacidade interativa e interpretativa do homem.
Na teoria do interacionismo simbólico os significados dos elementos proporcionados ao homem não se restringem a fatores externos de influência, é através da interação homem-mundo que os significados são concebidos individualmente, já que cada pessoa pode interpretar o mesmo objeto de maneiras distintas. Para o interacionismo simbólico os significados são produtos sociais.
Essa teoria ainda traz um argumento interessante, que se baseia em relacionar os significados aos contextos de interação social. Com isso o interacionismo simbólico dá ao homem uma função negada pela sociologia e psicologia, a função de interpretar o mundo.
Em se tratando de grupos sociais essa teoria nos mostra uma interpretação diferente das ciências sociais no que tange aos estudos do comportamento dos indivíduos quando inseridos num grupo. Para o interacionismo a sociedade é constituída de indivíduos que interagem uns com os outros, fazendo com que essa interação fique equivalente a um processo interativo entre agentes e não entre fatores. Para Herbert um grave erro das ciências sociais é estudar a sociedade como um organismo autótrofo, que independe da interpretação individual.
Portanto a base da teoria do interacionismo simbólico encontra-se na defesa da existência de um processo dual de designação e interpretação, sendo o homem um agente autônomo, que interpreta o mundo de acordo com o modo com que o mundo e as coisas se indicam.

Um comentário:

  1. Égua, mocinha... o engraçado foi que procurando "eficácia simbólica" em Lévi-Strauss e Bourdieu, eu encontrei teu blog com esse resumo(resenha) sobre o Blumer, o qual eu NUNCA mais tinha lido nada sobre.
    Foi até interessante pelo fato de eu ter relido algo sobre ele e o famoso interacionismo simbólico.

    É isso.

    Até mais!

    ResponderExcluir